segunda-feira, 1 de julho de 2013

Plauto- Anfitrião

(…)E não convém impetrar injustiça por parte dos justos. Impetrar dos injustos justiça, por sua vez, é falta de juízo, uma vez que os injustos ignoram a justiça e nem se atêm a ela.

(…)Este faz uma coisa que as pessoas geralmente não costumam fazer: ele sabe o que merece.

(…) ele vai receber-me, que estou a chegar, com uma hospitalidade de punhos!

Quando o supremo general não está junto de seu exército, faz-se mais rapidamente o que não tem utilidade ser feito do que o que é necessário ser feito

Na vida e no passar dos anos, não é coisa bem pequena o prazer em comparação com o que é desagradável? Assim foi programado cada aspecto da vida humana, assim é a vontade dos deuses: que a tristeza, tal como uma companheira, acompanhe o prazer;  se algo de bom cabe a alguém, isso não acontece sem que haja ali inconvenientes e mais males. Pois agora eu experimento isso pessoalmente e o sei por mim própria, a quem o prazer foi dado por pouco tempo; somente durante uma noite tive a possibilidade de ver meu marido. Mas repentinamente ele partiu daqui, para longe de mim, antes de amanhecer. Agora parece que estou sozinha aqui, porque ele, que eu amo acima de todos, está ausente daqui.  Obtive mais infelicidade com a partida de meu marido que prazer com sua chegada.

A virtude é uma excelente recompensa; a virtude é realmente superior a todas as coisas. Liberdade, segurança, vida, bens e antepassados, pátria e filhos são por ela protegidos, bem guardados. A virtude tem tudo em si; quem tem o controle de sua virtude tem todos os bens perto de si.

Com as palavras é que você é virtuosa!

Com o passar dos anos, muitas coisas acontecem para os homens deste modo: conseguem-se prazeres, conseguem-se depois misérias; sobrevêm discórdias, fazem depois as pazes.
Na verdade, tendo tais discórdias por acaso ocorrido, se as pessoas depois fazem as pazes, há entre elas duas vezes mais amor que antes!

 tradução do Anfitrião plautino Lilian Nunes da Costa
 Editora Mercado de Letras quanto a 
agência de fomento FAPESP 


2 comentários:

  1. Eu sugeriria ao autor do blog referenciar os textos citados: indicar os versos/parágrafos/capítulos do original em grego/latim/língua moderna, bem como a autoria da tradução. Essa minha tradução do Anfitrião plautino está publicada, tanto a Editora Mercado de Letras quanto a agência de fomento FAPESP exigem os devidos créditos.

    ResponderEliminar